Gestão hospitalar: bom para o beneficiário e para o RH

Recentemente participei de um evento em Goiás onde o palco de discussão foi sobre Gestão Hospitalar e trouxe várias reflexões, além de um diálogo maduro entre os convidados e participantes.

Trabalhar com perspectivas e estratégias de valor em saúde, apresentar soluções e inovações para melhor desfechos clínicos e resultados com foco na regionalização e integração dos setores é fundamental para trazer mais eficiência na gestão hospitalar. Precisamos agregar valor e eliminar desperdícios.

Por exemplo o tempo de permanência hospitalar é custoso para toda operação do sistema de saúde, além de correr altos riscos de segurança do paciente, tem o custo assistencial, uso excessivo de medicamentos, de exames, entre outros.


A sustentabilidade e modelos de financiamento, só são atingidos quando transformamos problemas em soluções, para aumentar a eficiência buscada por todos, somente é possível quando integramos os setores, áreas e pessoas, o SUS, Saúde Suplementar com as fontes pagadoras, Prestadores de Serviços, Medicina Diagnóstica, Telemedicina, Industria Farmacêutica, entre tantos outros agentes do setor que buscam a perspectiva de mais entrega de Valor em Saúde, mais eficiência e claro promovendo sempre o paciente no centro do cuidado.

 

Avançamos muito nos últimos anos, através das tecnologias, das redes assistenciais, gerenciais e do marco regulatório do Setor, mais precisamos quebrar paradigmas, ampliar a visão para a necessidade dos gestores públicos e privados se adequarem à legislação, a segurança da informação, adoção e boas práticas das tecnologias nas organizações de saúde, das Certificações e Qualidade com mais entrega de valor, no rastreamento e monitoramento dos dados da gestão de saúde populacional com mais efetividade.

Inclusive, algumas healthtechs tem surgido, justamente, com o objetivo de ampliar a visão para o aprendizado das empresas em coletar dados de saúde dos seus colaboradores, minimizando os afastamentos, riscos de contágios e controle de doenças crônicas.

Com a gestão desses dados, é possível fortalecer os processos e a criação de programas pontuais, para atender as demandas e gerenciamento de crises com mais êxito. A otimização do investimento em saúde necessita de uma visão abrangente e holística, que considere todas as variáveis da cadeia de valor em saúde.

Uma opção que também traz ótimos retornos para as empresas, e tem sido muito adotado pelas healthtechs, é APS Atenção Primária em Saúde. Utilizado no setor público com êxito, esse é um modelo de atendimento centrado nas pessoas e na efetiva Gestão de Saúde Populacional.

 

A cultura é buscar usar o médico e o sistema quando se tem um problema ou com um agravo da doença, o que esse modelo propõe é antecipar os cuidados com a SAÚDE, identificando, com diagnóstico seguro, o estado de saúde do benificiário, prevenindo doenças e agravos de doenças crônicas, desperdícios de tratamentos, medicamentos e exames e promovendo o conceito de bem-estar e saúde para todos, com isso reduzimos o volume de gastos que hoje a cadeia sofre com gestão hospitalar.

Isso é bom para o beneficiário e para quem faz a gestão de Saúde.

Precisamos ser conscientes de que é necessário olhar para todo o processo de gestão, melhorar o acesso e maximizar os recursos.

Gestão hospitalar: bom para o beneficiário e para o RH
Plano Brasil Saúde

Plano Brasil Saúde planeja investir R$ 60 milhões nos próximos anos

Com cerca de um ano de atividade, o Plano Brasil Saúde já conta com 15 mil usuários, sendo 12 mil de saúde hospitalar e 3 mil de saúde odontológica, além disso, a healthtech espera encerrar 2023 com, pelo menos, 40 mil usuários. “Estamos conseguindo mostrar o nosso produto e já temos credibilidade e aceitação muito positiva. Acredito que em 2024 estaremos com mais de 60 mil usuários”, comemora Paulo Bittencourt, CEO da operadora de saúde com sede em Salvador, na Bahia.

Ele complementa que a partir desses números a empresa estará em condições de reduzir muito os riscos de sinistros elevados que ocorrem no setor de saúde. Nos EUA, diz ele, cerca de 45% dos recursos gastos em saúde são desperdícios. E na saúde suplementar existem poucos planos com foco na prevenção. “Então criamos o Plano Saúde Brasil, que é focado na prevenção e na eliminação dos desperdícios que existem em todas as operadoras de saúde”.

Bittencourt comenta que está desenvolvendo parceria com o Instituto de Gestão de Humanização em Salvador, que tem Clínicas de Atenção Primária à Saúde APS, em unidades hospitalares em Salvador. Funciona como se fosse um hospital próprio da operadora Plano Brasil Saúde, que chamaremos de URSAS – Unidades Resolutivas de Saúde. “Nosso plano é criar 12 URSAS em todo o Brasil. Esta ação não exige investimento muito elevado, se comparados a implantação de hospitais, mas planejamos investir R$ 5 milhões em cada uma”, afirma. Os planos da operadora é implantar uma unidade piloto em Salvador, que atenderá pacientes da Bahia e de alguns estados do Nordeste, que a depender da complexidade serão encaminhados para Salvador. “Serviços de alto custo e que tragam um impacto dentro da sinistralidade da operadora iremos trazer para Salvador”, afirma. Ele diz ainda, que com a parceria com o IGH, a operadora se prepara para expandir suas ações no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Goiás e interior de São Paulo.

É claro, diz Bittencourt, que a parceria com o IGH não diminuirá o nosso foco, e a operadora terá sempre parcerias com a rede terceirizada dos Estados. “Nosso objetivo não é ficar com toda a nossa rede verticalizada, a despeito do que ocorre com outras operadoras. Nós temos core business em termos de assistência e iremos focar em serviços que tenham grande impacto dentro dessa nossa rede”.

De acordo com Paulo Bittencourt, a Plano Brasil Saúde, está com bons resultados, apresenta boa performance e tem sinistralidade muito reduzida. “Estamos com a melhor classificação na ANS – Agência Nacional de Saúde em termos de operadora que traz risco para o setor, pois não levamos nenhum risco ao mercado. Acredito que estamos em um bom caminho e temos grandes expectativas para o futuro”, conclui.