Mitos e verdades sobre a amamentação
O leite materno é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o melhor alimento para o bebê. A recomendação é que, até os seis meses, o leite materno seja o único alimento oferecido a ele, e após essa fase ainda pode ser estendido até os 2 anos de idade associado à alimentação complementar. Porém, o processo pode trazer algumas inseguranças para as
mães, pois ainda existem muitos mitos que podem atrapalhar esse período.
Confira alguns mitos e verdades sobre a amamentação:
Existe leite fraco?
Esse pode ser considerado um dos maiores mitos sobre a amamentação. O leite materno é considerado o alimento mais completo do mundo e possui todos os nutrientes
necessários para manter o bebê saudável, protegendo-o contra infecções respiratórias, alergias e outras doenças. Se o bebê não se sente saciado após a amamentação, não tem
relação com a qualidade do leite, mas sim com a frequência e o tempo de mamada.
MITO
Cerveja preta, canjica, água inglesa e outros alimentos aumentam a produção de leite?
Não existe alimento milagroso. O que vai aumentar a produção de leite é uma alimentação equilibrada, o consumo adequado de líquidos e a oferta sob livre demanda.
Alimentos como a canjica possuem alto teor calórico, podendo fornecer energia da mãe durante o período de amamentação. Já os chás, em sua grande maioria, possuem efeito
calmante, o que também pode auxiliar durante esse período. O consumo de bebida alcoólica é completamente contraindicado, pois o álcool pode gerar danos ao bebê.
MITO
A amamentação imediatamente após o parto é saudável?
Além de contribuir para a recuperação da mulher e fortalecer o vínculo entre mãe e filho, o primeiro leite produzido pela mulher após o parto (colostro), possui muitos anticorpos e proteínas
que irão fortalecer o sistema imunológico do bebê. Com isso, reduzindo significativamente os riscos de mortalidade neonatal e aumentando as chances de sucesso no processo de amamentação.
VERDADE
A amamentação traz benefícios para a mãe?
Inúmeros benefícios, entre eles: prevenção de cânceres (mama, ovário e endométrio), redução do risco de doenças crônicas (diabetes mellitus, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares),
aceleração da cicatrização pós-parto e menor risco de anemia, além de reduzir as chances de novos episódios de enxaqueca.
VERDADE
Para fortalecer o aleitamento materno, é fundamental uma rede de apoio sólida: familiares, grupo de pessoas e instituições dando o apoio à mulher durante essa fase.
É muito importante dividir tarefas domésticas, participar do cuidado da criança, oferecer apoio físico e mental, esclarecer dúvidas, entre outros cuidados. Juntos
podemos proporcionar um aleitamento saudável e tranquilo para a mãe e o bebê.
Clarissa Barreto / Nutricionista
CRN 6 1781
Letícia Araújo / Nutricionista
CRN 4 22100776
Fonte:
Departamento Científico de Aleitamento Materno - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Pais, tirem suas dúvidas sobre aleitamento materno. Agosto, 2022. Ebook Agosto Dourado.
Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2023.
Mitos e Verdades. Fiocruz – Rede Global de Bancos de Leite Humano. Disponível em: <https://rblh.fiocruz.br/mitos-e-verdades>. Acesso em: 07 jun. 2023.